sexta-feira, 27 de agosto de 2010

O milagre do colo materno



Olá.

Acredito que muita gente já tenha ouvido falar no método Mãe-Canguru. Para quem não conhece vou falar um pouquinho a respeito.

O método Mãe-Canguru consiste em colocar o bebê no colo da mãe, em contato pele a pele, como o objetivo de melhorar as funções fisiólogica do bebê como estabilidade da temperatura, melhora do batimento cardíaco, e frequência respiratória. O bebê se aquece diretamente com o calor do corpo da mãe, escuta os batimentos cardíacos dela, aqueles que ele ouviu a gestação toda e se sente seguro e protegido.

A posição de canguru foi usada pela primeira vez em 1979 na Colômbia com o objetivo de diminuir a mortalidade neonatal.

Hoje é muito utilizada em diversos lugares do mundo, inclusive aqui no Brasil, principalmente em UTIs neonatais, onde muitos bebês prematuros lutam diariamente pela vida. Faz parte de um processo de humanização das UTIs, e é regulamentada por uma norma brasileira, onde os bebês de baixo peso são colocados em contato pele a pele com a mãe o mais precocemente possivel, e devem permanecer nesta posição o tempo que acharem necessário.

O Jornal Hoje trouxe uma história linda de um bebê que voltou à vida após ser colocado no colo da mãe.

Mas essa prática não é exclusividade somente das mães. Os pais e avós também podem participar, principalmente os papais, pois ajuda no vínculo afetivo.

Para saber mais acessem o site Método Mãe-Canguru.
Ponto mais uma vez para a humanização!!!

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Exercício pode!! E faz bem!!



Olá

Gostaria de falar um pouquinho sobre exercício físico durante o período da gestação.
Estava lendo uma reportagem e achei importante compartilhar.

Exercício físico na gestação é uma prática saudável. Pode ser realizado, desde que não haja nenhuam contra-indicação médica, e com orientação de um bom profissional.

Os exercícios mais indicados são os de baixa intensidade, como caminhada, hidroginastica (com grupos especiais para gestantes), natação, yoga e alongamento, e também musculação e pilates próprios para gestantes. Devem sempre ter um profissional para orientar. Além destes, também são importantes exercícios respiratórios para diminuir a falta de ar e a fadiga, e exercícios com o músculo do períneo. Este músculo é o músculo da vagina, e é ele que sustenta todo o peso da gestação, e é por ele que o bebê nasce no parto normal.

O exercício ajuda a manter a circulação ativa, prevenindo edemas, e melhorando a oxigenação da mãe e do bebê. Melhora respiração e os batimentos cardíacos. O objetivo do exercício na gestação não é trazer um condicionamento físico igual ao que buscamos quando vamos para a academia, mas sim reorganizar as funções orgânicas, prevenir complicações neste período como hipertensão, diabetes e o ganho de peso excessivo, e também auxiliar na preparação para o parto. Isso mesmo, o exercício auxilia no parto, e promove uma recuperação pós-parto mais rápida. A indicação é de 3 a 5x/semana, por 30 minutos por dia.

Procure orientação de um profissional, de um educador físico ou um fisioterapeuta. Pratique e mantenha hábitos saudáveis. O seu corpo, sua saúde e seu bebê agradecem!!!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Amamentação na primeira hora



Olá.

Estava buscando um tema para uma nova postagem, e tive a surpresa de assistir este vídeo que fala sobre amamentação na primeira hora de vida. Além de ser parte do parto humanizado, a amamentação na primeira hora é também um dos passos da Iniciativa Hospital Amigo da Criança.

O momento do nascimento é um processo estressante para o bebê. Ele é "expulso" de um ambiente aconchegante, quentinho, o único barulho existente era o tum-tum do coração de sua mãe, e oferta de alimento 24hs por dia, sem esforço e sem precisar pedir. Quando a mãe caminhava, havia um gostoso balanço, quase um gesto de ninar.
O novo ambiente é barulhento, gelado e com muita manipulação. Essa mudança "brusca" gera um estresse muito grando no bebê, e o que ele mais quer é voltar a ter contato com o "coração" que ele ouviu durante todo o tempo de gestação.

Na primeira hora após o parto, o bebê está desperto e não há melhor hora para o primeiro contato com a mãe. Sentir o cheiro, escutar novamente o coração da mamãe, se sentir aconchegado em seu colo, contato olho no olho. É o momento da redescoberta.
E também o momento de começar o aprendizado para a amamentação. Porque amamentar é uma constante troca, um aprendizado permanente entre mãe e bebê. E é preciso estar bem acordado para iniciar este aprendizado.

Outro fator importante deste primeiro contato é o estímulo para a descida do colostro. Colocar o bebê no peito, para sugar, com pega correta, estimula os hormônios ligados à amamentação (principalmente um hormônio chamado ocitocina).

Claro que o parto normal favorece esta ação de contato precoce. E o que mais me emociona no vídeo acima é como na natureza o estinto prevalece. É emocionate ver o bebê colocado sobre o colo da mãe logo após o parto, no contato pele a pele, o olho atento a tudo à sua volta, e ver o seu "nado" até o seio materno. Ali se inicia uma nova relação, uma nova fase. E este é um assunto para muitas outras postagens...

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

"Não basta ser pai, tem que participar"!


Olá.
Há alguns dias comentei sobre a importância do pai no momento do nascimento do bebê. Gostaria de voltar a falar um pouquinho sobre esse assunto: O PAI!

Fiquei com receio de ser repetitiva, mas uma reportagem e alguns emails me incentivaram, e percebi o quanto é importante mostrar que quando um mulher fica grávda, a família engravida junto, principlmente o pai.

A reportagem a que me refiro é do Bom Dia Brasil. Uma cidade do interior de SP adotou a estratégia de convocar os pais a participarem do pré-natal, mas motivados pelo grande número de casos de mulheres com doença sexualmente transmissíveis(DSTs). A iniciativa diminuiu o número de casos de transmissão de DSTs tanto pelo contato sexual como de mãe para o bebê (o que chamamos de transmissão vertical). Achei a iniciativa muito bem-vinda, mas quero chamar a atenção para outro ponto.

A repotagem destaca dois casais, um casal à espera do 2º filho e um outro já com o bebê nos braços, e mostra relatos das mães sobre a participação dos maridos no pré-natal, o quanto foi importante, o quanto se sentiram seguras com o companheiro por perto. E os homens o quanto se sentem parte desse período, muito bem relato pela sensaçõs do marido, ao dizer o quanto é emocinante colocar a mão na barriga e sentir o bebê mexer, sentir dor junto, enjoar junto.

Essa prática deve ser muito incentivada. É importante que o pai esteja presente nas consultas, no ultrassom, nos grupos educativos, nos grupos de apoio, no PARTO, no pós-parto, durante a amamentação...deve ter espaço para perguntar, esclarecer suas dúvidas, entender o que acontece com o seu bebê e sua esposa durante todo o período de gestaçao. Afinal, "não basta ser pai, TEM QUE PARTICIPAR"!!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Álcool e gestação: combinação perigosa!!



Olá.
Estava lendo uma reportagem sobre o risco do álcool na gravidez. Esta reportagem que está no site sempre materna fala do risco de mulheres, grávidas de meninos, consumirem bebidas alcoólicas na gestação e a alteração da produção de esperma desse meninos na vida adulta.

A contra-indicação do álcool na gestação não é novidade, e as pesquisas estão cada vez mais provando isso. O álcool é uma substância tóxica, ou seja, o nosso organismo não reconhece nenhum de seus componentes como nutriente, e demora cerca de 48hs para ser eliminado do nosso corpo.

Durante a gestação, temos a placenta como uma barreira protetora do bebê. Ela filtra quase tudo o que está no sangue materno, como uma peneira, deixando passar apenas o que é bom para o bebê. Nutrientes são transportados do corpo da mãe para o corpinho em formação do bebê através da placenta. Porém alguns vírus e substâncias não são barrados, e podem atingir o feto, provocando má formações, dependências químicas e até a morte do bebê.

O álcool, assim como o cigarro, é uma substância que não é barrada pela placenta, e chega até o bebê como uma overdose, por menor que tenha sido a dose que a mãe consumiu. Pode atingir o feto em momentos cruciais do desenvolvimento, como uma diferenciação celular, ou formação de algum órgão, provocando má formação ou alteração da função.

Além disso, causa dependência. Como eu disse, as vezes uma pequena dose para a mãe, é como uma overdose para o bebê, pois o seu organismo é bem menor, e precisa de uma quantidade mínima para sofre os efeitos nocivos. E esse efeitos podem estar presentes ainda no momento do nascimento e após, pois a partir do momento que o cordão umbilical é cortado, o bebê para de receber essa substância que estava presente no sangue maerno, e inicia um período de abstinência. São bebê extremamentes irritados, que não conseguem mamar, perdem peso, ou seja, apresentam todos os sintomas de uma crise de abstinência.

O álcool é uma substância que deve ser consumido com cautela em qualquer momento da vida, mas em especial na gestação deve ser evitado, evitando prejuizos pra mãe e para o bebê.

domingo, 15 de agosto de 2010

Além da barriga



Olá.

Gostaria de compartilhar com vocês um vídeo que recebi de uma lista de discussão que faço parte.

Mais do que mostrar um parto em casa, quero chamar a atenção sobre alguns pontos neste episódio que são tão importantes no momento do nascimento, e que infelizmente são esquecidos em 90% dos partos hoje.

O parto domiciliar mostra um parto totalmente humanizado. Mas o que é um parto humanizado? É quando o nascimento ocorre de forma natural, sem interferências. A familia participa de todo o processo.
No parto natural, tudo acontece ao seu tempo, e os profissionais envolvidos apenas assistem, e dão o suporte necessário para a mãe e para o bebê.

Trabalho de parto, como o próprio nome diz, é um trabalho, é um período que precisa ser respeitado, porque é neste momento que o seu organismo está fazendo o que precisa para que o bebê venha ao mundo da melhor forma, e que venha preparado.
Fisiologicamente falando, durante este período vários estímulos ocorrem para a dilatação pélvica e vaginal, para que o útero tenha força de "expulsar" o bebê, e para que ele consiga respirar de forma correta, e também para que o aleitamento materno se inicie o mais rápido possivel.
Se a gestação demora 9 meses, 40 semanas, para que o bebê fique pronto para a vida, por que o trabalho de parto deveria durar 9 minutos, ou simplesmente não acontecer? Tudo tem o seu tempo.
E, infelizmente, queremos atropelar o tempo, saber mais do que ele, ser mais espertos. Duro aprendizado.

Não vou ficar falando dos beneficios do parto natural, acho que isso todos estão cansados de saber. Mas o que está sendo feito para que ele ocorra? Se sabemos que é mais benéfico, por que as estatísticas mostram que parto natural está virando lenda?
Acredito que isso acontece por falta de preparo dos profissionais de saúde para realizá-lo, e, principalmente, falta apoio para a gestante e para a família, encorajando-os. Os mitos e a falta de suporto ainda estão ganhando esta batalha.

Promover o parto natural, é facil, mas dar condições para que ele aconteça é um longo caminho.
Quantas maternidades no nosso pais estão preparadas para realizar um parto natural? Quantas equipes estão capacitadas, e quando digo capacitadas, não quero dizer somente em relação a técnicas, mas principalmente em relação ao suporte emocional e de conforto para a mulher e para a familia que a acompanha? Pouquissimos.

Quantas gestantes são preparadas para o momento do parto, fisicamente e emocionalmente? Quantas tem acesso a informações necessárias do que vai acontecer e como vai acontecer? Quantas tem a oportunidade ter um profissional disponível para esclarecer suas dúvidas e aliviar seus medos e angústias?

O olhar de que ter um parto natural ou um acompanhamento integral e completo durante todo o período da gestação, parto e pós parto é privilégio de poucos pode ser mudado. Basta apenas os profissionais começarem a enxergar além da barriga, e lembrar que estão atendendo às necessidades de uma família e não apenas às suas necessidades de tempo e dinheiro.

O parto voltará a ser humanizado quando os profissionais se tornarem mais humanos. Aí sim poderemos ver varias cenas como a da mãe do filme, chamando seu filho para vir ao mundo e o recebendo de braços abertos, com o seu colo, com o seu toque, com o seu carinho, com o seu coração, com seu peito, com seu leite. Vamos voltar a ser seres humanos!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

O Pai no momento do parto



Olá.

Fui surpreendida hoje com uma noticia na TV de que algumas maternidades ainda estão cobrando uma taxa para liberar a presença do pai ou de um acompanhante para o momento do parto. Para quem não sabe, é um ato ilegal.
Desde 2005, a lei 11.108 obriga as maternidades do SUS a permitir que a mulher tenha um acompanhante durante o período do trabalho de parto até o pós parto imediato. Em 2008, a Agência Nacional de Saúde lança uma Resolução Normativa (RN 167) e uma Resolução da Diretoria colegiada (RDC 36), ampliando este direito para as materninades privadas.
Mas infelizmente ainda vemos locais desrespeitando a lei, e cobrando taxas abusivas por um direito qu é garantido por lei.
A orientação é que se denuncie estes locais ao PROCON, e faça valer seus direitos.

A presença do Pai

A presença do Pai durante o trabalho de parto, parto e pós parto é de fundamental importância para a mulher que está dando a luz, pois cria-se um ambiente seguro e familiar para ela. Para o Pai ali presente também é importante, pois é o seu filho que está nascendo, e os primeiros contatos com o bebê ainda na sala de parto favorece o estabelecimento dos vinculos afetivos.
Caso o pai não possa estar presente, a mulher tem o direito de escolher uma outra pessoa para estar ao seu lado durante todo o período do nascimento.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Por que amamentar?



Olá!

Foi publicado no site da revista VEJA uma matéria com a modelo Gisele Bündchen sobre o aleitamento. Chega até a ser um pouco exagerado, dizendo que "deveria ser lei mundial a obrigatoriedade de amamentar até os seis meses de vida do bebê, exclusivamente".

Amamentar é importante sim, está mais do que comprovado. São diversos os benefícios para a mãe e para o bebê e, além de favorecer o vínculo, o leite materno tem algo que nenhum outro leite tem: ANTICORPOS, proteção contra doenças vinda do organismo materno para o bebê.

Mas não é uma tarefa fácil. Acredito que mais do que tornar obrigatória a amamentação, é importante que a mulher se prepare para ela não só fisicamente, mas emocionalmente também. E além disso possa contar com uma importante ajuda durante o início do período de amamentação: apoio do companheiro, da familia e de profissionais capacitados para orientá-la.



Outro dia, estava no shopping e presenciei uma conversa entre duas mães e uma delas perguntou se a outra ainda estava amamentando. A criança estava no carrinho, devia ter por volta de 3 meses de idade. A mãe que foi questionada disse que amamentou durante apenas 01 mês, pois tinha pouco leite e não tinha paciência.

Fiquei me questionando se essa mãe não teve paciencia ou não teve apoio suficiente para que conseguisse passar pelo período inicial (de adaptação), e conseguisse levar adiante a amamentação do seu bebê?

Por isso eu indico e recomendo, busquem o apoio, procurem grupos, profissionais, se informem sobre o assunto e não desistam na primeira dificuldade. Com certeza você não se arrependerá!!

domingo, 1 de agosto de 2010

Pré-eclâmpsia



A pré-eclâmpsia está entre as principais causas de morte entre as mulheres. É uma alteração que ocorre no organismo materno durante a gestação, e tem como principais sintomas o aumento da pressão arterial, edema (inchaço)e perda de proteína pela urina (pode ser detectado através de um exame de urina de rotina). Essas alterações podem prejudicar o funcionamento de órgãos vitais, como coração e rins, colocando em risco a vida da gestante

Ainda não se sabe ao certo a causa do aparecimento da pré-eclâmpsia. Sabe-se que é uma alteração que surge no inicio da gestação e vai se agravando ao longo da gravidez. Por isso a importância do acompanhamento pré-natal com o seu médico e a verificação da pressão arterial com regularidade para que, caso a gestante apresente o quadro de pré-eclâmpsia, se descubra o mais rapido possivel e seja feito o tratamento adequado, evitando complicações e sequelas.

Se não tratada, a gestante pode evoluir para o quadro de eclâmpsia no qual pode ocorrer convulsões e coma.

Tratamento

Como não se sabe a causa do aparecimento da pré-eclâmpsia, o tratamento é focado no controle da pressão arterial, repouso e, em casos mais graves, uso de medicaçõe para prevenir as convulsões.

Manter hábitos saudáveis sempre ajuda. Uma alimentação equilibrada, sem excessos, principalmente de sal, exercício físico leve e regular são aliados não só na prevenção da pré-eclâmpsia, como de outras alterações de saúde que podem surgir durante a gravidez. E atenção a sinais de alteração da pressão: dor na nuca, tontura e visão turva. Se apresentá-los procure uma unidade de saúde mais próxima ou fale com seu médico.

Fique atenta!