sábado, 25 de setembro de 2010

Aninhando a familia.



Olá.

Hoje gostaria de compartilhar com vocês o nascimento da Aninhare. Um lugar para aninhar as familias.

Tenho orgulho de fazer parte de uma equipe que se preocupa com o bem-estar da família, desde a sua formação, com a união do casal até o seu crescimento, com o nascimento e desenvolvimento dos filhos.

Há alguns posts cheguei a comentar sobre o quanto é importante o apoio profissional em determinados momentos da vida da gestante e principalmente após o parto. O trabalho da Aninhare só vem reforçar e ampliar esta idéia.

Parabéns para Dra Luciana Herrero pela gestação da ideia da Aninhare e pelo nascimento. Parabéns para todos nós da equipe, eu, Juliana, Rosi e Maria Amália, pela nossa sensibilidade de acreditar em um trabalho tão bonito!!

Sem mais a dizer, prefiro mostrar. Acessem: www.aninhare.com.br

Bom final de semana!!!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Ela já faz parte da família!!!



Olá!

Acredito que toda mãe já parou pra pensar no que fazer com o bebê quando tiver que voltar ao trabalho, ou quando precisar sair. Com quem deixar, onde deixar. E nesse momento a cabeça "ferve" em pensar se sua preciosidade estará em segurança, se cuidarão bem. Mas não sei se essas mesmas mães já pararam pra pensar qual o limite desta tarefa delegada a outra pessoa. Até que ponto uma babá ou uma cuidadora pode interferir na educação e nos vínculos com a família?

Nos dias de hoje, com o acumulo de tarefas das mulheres, muitas acabam passando muito tempo longe dos filhos, e o cuidado acaba sendo delegado às babás. Isso é bom, ter alguém que cuide e dê suporte para essas mães, até nos momentos em que precisam ser esposas, mulheres, e não apenas mães. Mas tem que se te cuidado para delegar apenas cuidados e não vínculos.

A babá não substitui a mãe, o carinho, o afeto, o toque, o olhar. Mesmo que o tempo que se tem com a criança seja curto, tem que ser com qualidade. É importante para o bebê sentir quem realmente é sua mãe, quem realmente é a figura que ama, que cria as regras. E isso vale também para os pais.

É importante que se conheça a pessoa que receberá a tarefa de cuidar de seu filho quando você não puder estar presente. E não só ter referências quanto a outros trabalhos e conhecimentos, mas olhar como é a relação dela com seus próprios filhos, suas crenças, seus valores. Afinal ela estará um bom tempo com seu pequeno ou sua pequena, e seus comportamentos serão exemplos para as crianças.

Deixo como opção de leitura uma reportagem da Revista Pais & Filhos deste mês, que traz esse tema, e tem a colaboração da Dra Luciana Herrero, da Aninhare de Ribeirão Preto.

Boa leitura, boa reflexão e boa semana!!!!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Salvando uma vida.



Olá.

Não sei se todos sabem a importância da doação do leite materno, gostaria de falar um pouquinho deste assunto.

O Brasil é referência em Banco de Leite Humano. Um trabalho lindo, abençoado, que salva diariamente milhares de pequenos seres que lutam a cada minuto para viver.

O Leite Humano doado é utilizado para alimentar os bebês prematuros, internados em UTIs neonatais e bebês que não podem ser amamentados pelas suas mães, por motivo de força maior. O leite recebido passa por processo de pasteurização e controle de qualidade, para garantir que mantenha suas propriedades, que tanto faz diferença na vida dos bebês.

Toda mãe saudável pode ser doadora. Para doar basta coletar o leite após as mamadas e armazenar de forma correta. Para se cadastrar é só entrar em contato com o Banco de Leite mais próximo da sua casa. Em Ribeirão Preto, o Banco de Leite fica na Avenida Santa Luzia, 387. O telefone é 3610-8686. Após o cadastro, o Banco de Leite vai até você para recolher o leite coletado.

Segue as dicas abaixo:

Após terminar a mamada, vamos coletar o leite restante. Não se preocupe porque o leite coletado não fará falta para o seu bebê, pelo contrário, será um estímulo para que a produção se mantenha.

Lave bem as mãos, prenda o cabelo, e coloque um pano limpo sobre o nariz e a boca, pode ser uma fralda do bebê.

Deixe o frasco que será armazenado o leite ao seu lado. Para armazenar o leite ordenhado, vamos utilizar um frasco de vidro com tampa plástica, por exemplos vidros de maionese ou café solúvel. Lave-o bem, retire todos os rótulos e o papelão que fica na parte interna da tampa. Leve ao fogo para ferver, quando a água começar a ferver, conte o tempo de 15 minutos, desligue o fogo e retire imediatamente os vidros, deixando secar em temperatura ambiente, de boca para baixo, sobre um pano limpo e seco (pode ser um pano de prato limpo ou uma fraldinha nunca usada do bebê).

Para realizar a ordenha/coleta, siga as orientações do vídeo abaixo



Após a coleta do leite, tampe bem coloque uma etiqueta no frasco, com seu nome, a data e a hora da coleta, e leve ao freezer. Geralmente, uma vez na semana o Banco de Leite irá recolher a doação.

Para saber qual o Banco de Leite mais próximo da sua casa, entre no site da Rede BLH.

O leite materno é importante para o seu bebê, e pode ajudar a salvar a vida de outras crianças também. DOE LEITE e ajude os pequeninos guerreiros a vencer a batalha do início da vida!!!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

O perigo mora em casa.



Olá.

Muita gente não se dá conta, mas a maior parte das internações e mortes na infância são causados por acidentes domésticos, que poderiam ser evitados.

Quedas, queimaduras, sufocamento, envenenamentos e afogamentos são as principais causas. Uma casa onde mora uma criança tem que ser diferente onde se tem apenas adultos. Crianças são curiosas e adoram testar o NÃO PODE imposto pelos pais. Dessa forma todo cuidado é pouco.

Os cuidados devem começar desde bebês, quando ainda no berço. Devem dormir de barriga pra cima, com a cabeceira levemente mais alta (cerca de 30 a 45º), devem ser cobertos até a altura do peito, com as pontas do lençol presa embaixo do colchão. Por falar em colchão, este deve ser firme, estar bem preso ao berço (não deixe vão entre o colchão e o berço), e sem qualquer embalagem plástica.

Não deixe brinquedos soltos no berço que o bebê possa engolir, cuidado com pontas e cordas de cortinas e de protetores, além de ponta de toalhas, que podem ser puxados pela criança ou ser enrolados.

Proteja janelas e sacadas. Não deixe nenhum móvel próximo a esses locais que possa servir de "escada" para as crianças. Proteja a ponta dos móveis e tomadas. Cuidado com tampos de vidros, excesso de objetos em locais que ficam ao alcance das crianças, como mesas de centro. Cuidado com objetos pontiagudos ou cortantes. Deixe sempre em locais altos e de preferência trancados.

Produtos de limpeza, medicamentos também devem ser guardados em locais seguros e fechados, de preferência com chaves.

Mas uma coisa quero chamar a atenção: cuidado com vasos sanitários abertos, baldes com água no chão, banheiras e piscinas. Os maiores índices de afogamento ocorrem nestes recipientes. A criança tem uma via aérea pequena, e precisa apenas de 2cm de água para se afogar.

Para finalizar, lembrando que agora é lei o uso de cadeirinhas e bebê conforto nos carros. Essa recomendação já existia, e falava que o bebè conforto deveria ser usado desde a saída da maternidade. Ao contrário do que muita gente pensa, o bebê não fica seguro quando viaja no colo da mãe.

Vamos ficar atentos, protejer nossos pequenos para que tenham uma infância saudável. Para saber mais, acesse o site do Criança Segura, uma organização não governamental que dedica seu tempo a protejer nossas crianças.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Por favor, amamente!



Olá.

Vou chover um pouco no molhado. Mais uma vez falar da importância do Aleitamento Materno.
Muito já se falou dos benefícios da amamentação para a mãe, para o bebê e para a sociedade. Mas recentes pesquisas estão descobrindo detalhes magníficos que nos fazem incentivar ainda mais essa prática.

Já sabiamos que a amamentação é impotante para a maturação do sistema gastrintestinal do bebê. E tudo começa com o colostro, rico em betacaroteno, que é importante para a formação da flora intestinal. Agora as descobertas vão mais além, descobrindo que alguns açúcares presentes no leite materno têm a função de alimentar uma espécie específica de bifidobactéria que faz parte da flora intestinal e proteje o bebê de infecções. Além disso, esses açúcares servem como "isca" para vírus e bactérias que são atraídos por estes açúcares. Eu explico.

Nossas células possuem na sua superfície o mesmo tipo de açúcar que está presente no leite materno. A maioria das bactérias são atraídas por esses açúcares. Dessa forma, quando infectam o organismo do bebê são atraídas pelas partículas do leite, sendo então eliminadas. Não atingem as células e, consequentemente, não adoecem o bebê.

Os pesquisadores acreditam que muito mais do que alimentar o bebê, cada parte do leite materno tem uma função específica, e estão no caminho de descobrir cada uma delas.

Já não é de hoje que digo que a natureza funciona em perfeita harmonia. É assim durante a gestação com as mudanças físicas e metabólicas. É assim no parto, com os mecanismos funcionando como uma equipe alinhada. E por que seria diferente durante a amamentação? Cada componente do leite, cada nutriente, é proveniente do organismo materno. Células são destruídas, nutrientes são retirados do organismo materno para a composição do leite de forma perfeita e completa. Os anticorpos presentes varia de uma mãe pra outra, pois depende do histórico de doenças e microorganismos.

Com o passar dos tempos, os componentes evoluem de acordo com as necessidades da espécie.
São essas e outras descobertas que nos dizem porque o leite materno é tão importante para os bebês desde o nascimento, e principalmenta para aqueles em situações especiais, como os prematuros. Poderiamos ficar páginas, horas e dias falando da composição e importância do leite materno. Mas já me conforta saber que tem gente trabalhando para cada vez mais provar que por mais que tentem nunca conseguirão imitá-lo. Ele sempre será único e exclusivo.

Então: POR FAVOR, AMAMENTE!!!!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

SOS tabaco



Olá.

Estou disponibilizando uma reportagem para vocês que traz noticias de um recente estudo relacionando os maleficios do fumo durante a gestação. Já sabemos o quanto o fumo faz mal para a saúde de qualquer pessoa, especialmente para a gestante e para um ser em formação.

Mas diante de tudo isso, uma coisa me intriga: o que os serviços de saúde estão fazendo para ajudar e apoiar as mulheres fumantes a se libertar deste vício? Sim porque o cigarro é um vício, onde há dependência, e não é simplesmente jogar fora como se joga uma chiclete que acabou o sabor.

É hora de se pensar nisso. Já está mais do que provado que o fumo faz mal. Esta na hora de se pensar estratégias e produzir ações para ajudar e apoiar essas mulheres, que já se sentem culpadas o suficiente por saber o risco que estão correndo e que estão expondo seus filhos. É hora de mostrar que há uma saída, e qual é o caminho para chegar até ela.

Para finalizar, não podemos esquecer das mulheres e bebês que são expostos indiretamente aos maleficios do cigarro, como "fumantes passivos". É preciso também ajudar o pai, a avó, a tia ou qualquer pessoa que está aprisionada por este vilão. Mais uma vez quem precisa ser cuidada é a família.

Segue abaixo a reportagem.

Filhos de mulheres que fumaram na gravidez têm mais problemas de saúde

Francisco Galindo

Cigarro potencializa risco de parto prematuro
Estudo publicado recentemente em uma revista da Sociedade Espanhola de Pneumologia e Cirurgia Torácica demonstra a relação existente entre a exposição antes, durante e depois da gravidez à fumaça do tabaco, e a aparição de patologias respiratórias nos primeiros anos de vida da criança.

Os resultados do estudo indicam que as crianças expostas ao tabaco no período pré-natal apresentam uma incidência de hospitalizações por infecção respiratória maior que os filhos de mulheres não fumantes.

Por outro lado, a exposição do recém-nascido à fumaça dos charutos se associa com a aparição de chiados no peito e com o aumento da probabilidade de sofrer de asma a partir dos 4 anos de idade.

Os chiados, que constituem por si só um sinal de problemas respiratórios, são sons parecidos com assovios que acompanham a respiração quando o ar flui por vias estreitas.

Além desse problema, as crianças avaliadas pelo estudo, expostas antes e depois do parto aos efeitos do tabaco, apresentaram mais rouquidão persistente, tosse noturna e a probabilidade de sofrer mais resfriados comuns.

A Sociedade Espanhola de Pneumologia e Cirurgia Torácica lembra que a asma é a afecção crônica pediátrica mais frequente e que sua prevalência aumenta especialmente nas regiões industrializadas.

No aumento dos casos desta patologia respiratória, a exposição ambiental tem um papel relevante e, entre os fatores ambientais, destaca-se a fumaça do tabaco.

O estudo, realizado a partir do acompanhamento de 1.611 meninos e meninas, avaliou tanto os hábitos de dependência ao tabaco dos pais como os sintomas respiratórios e alérgicos das crianças.

Medidas
O estudo também realizou um acompanhamento de dados como peso, altura e perímetro craniano das crianças. Os resultados indicaram que, nos filhos de mães fumantes persistentes (antes, durante e depois da gravidez), os parâmetros referidos aparecem com níveis significativamente baixos ao nascer, em relação aos filhos de mães que nunca fumaram.

Em consequência, o acompanhamento demonstrou que os filhos do grupo de consumidoras de tabaco no período pré-natal apresentaram tamanhos menores em relação ao grupo de não fumantes, enquanto, paradoxalmente, os bebês de mães que interromperam o consumo de tabaco durante a gestação não apresentaram nenhuma diferença frente às não fumantes.

A conclusão do estudo evidencia, por outro lado, que a exposição passiva à fumaça do tabaco durante a gravidez e a infância tem efeitos clínicos respiratórios bem diferenciados em crianças. Por isso, os responsáveis pela pesquisa consideram que a interrupção da dependência ao tabaco em mulheres que querem ser mães deveria ser uma medida preventiva de saúde pública.

Celular
Nos Estados Unidos, onde as pesquisas sobre as patologias que prejudicam o feto ou os recém-nascidos são abundantes, iniciou-se em fevereiro um programa destinado a grávidas que fornece informação periódica sobre medidas preventivas, tanto para ela como para seu bebê, por meio de mensagens de texto no telefone celular.

O serviço, que é gratuito e se denomina "Text4baby", alerta sobre os riscos de fumar para as gestantes. E lembra, por exemplo, que em um país tão desenvolvido, cerca de meio milhão de bebês nascem prematuramente como consequência da má alimentação, do estresse excessivo, ou do consumo de álcool e de tabaco das mães.

Além disso, cerca de 28 mil crianças americanas, muitas delas prematuras, morrem antes de alcançar seu primeiro ano de vida, segundo a coalizão "Mães Saudáveis, Bebês Saudáveis", que patrocina a campanha.

Atualmente, os EUA ocupam o posto número 30 na lista de índices de mortalidade infantil, abaixo de países menos desenvolvidos como Cuba ou Eslovênia, o que é considerado "vergonhoso" por uma parte da opinião pública e certos setores do Governo.

Conduta
Por último, outro relatório de cientistas e médicos britânicos assinala que fumar durante a gravidez aumenta de maneira significativa o risco de ter filhos com problemas de conduta, que podem se manifestar a partir dos três anos.

O estudo, publicado em novembro de 2009 no "Journal of Epidemiology and Community Health", foi realizado a partir do acompanhamento de mais de 14 mil mães e de seus filhos nascidos entre 2000 e 2001 no Reino Unido.

As mães foram classificadas em dois grupos, "fumantes moderadas" e "grandes fumantes", segundo o número de cigarros que consumiam ao dia, e foi pedido a elas que avaliassem o comportamento de seus filhos de três anos a partir de um questionário do âmbito da psicologia infantil, para detectar transtornos como a hiperatividade e o transtorno de déficit de atenção (TDA).

Aos dados extraídos do estudo deste questionário foram acrescentados outros fatores que podiam influir nos resultados: idade da mãe durante a gravidez, nível educativo, status socioeconômico e nível de estabilidade familiar.

Uma vez comparados todos os dados se concluiu que os filhos de mulheres que fumaram muito durante a gestação, apresentavam mais frequência problemas de hiperatividade e de TDA.

Além disso, os filhos das "grandes fumantes" tinham o dobro de probabilidades de apresentar problemas de conduta e, no caso dos das "fumantes moderadas" (as que consumiam menos de dez cigarros por dia), os casos de hiperatividade e de TDA aumentavam em 80% .

Os autores do estudo destacaram os graves prejuízos que o consumo de tabaco pode causar na estrutura de desenvolvimento e na função cerebral do feto e colocaram em relevo que, por razões que se desconhecem, os meninos são mais suscetíveis ao "ataque químico" da nicotina do que as meninas.

Fonte: UOL Ciências e Saúde